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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

O quê não se deve fazer com uma árvore.



Plantio década de 90. Acervo pessoal.


É raro encontrar, entre os mais de vinte mil exemplares arbóreos e arbustivos inseridos nas vias públicas, espécies que de fato sejam nativas.

Uma das “raridades” é a pitangueira que, no caso apresentado pela imagem, tem sido vítima de maus-tratos desde que plantada, equivocadamente, dentro de um “vaso” de cimento pela prefeitura naécada de 90. 

Raízes expostas, brotações e
ausência de canteiro. Acervo pessoal.

Observem como o colo do ligustro está deformado.
Imagens google maps.


Areca-bambu pressionando o vaso
 e duas árvores ocupando o mesmo vaso.
Tanto a palmeira quanto as árvores foram
suprimidas por moradores.
Acervo pessoal.


Enfeites amarrados aos galhos.
Resultado: ”vaso” quebrado pela pressão das raízes e exposição das mesmas; sendo possível notar deformidades no sistema radicular! É sabido que para o desenvolvimento pleno do vegetal as raízes, tanto lateral quanto horizontalmente, estejam bem formadas de modo a garantir a estabilidade na fase adulta: além de fixar o vegetal ao solo, as raízes absorvem e conduzem água e nutrientes.

Detalhe: são dois exemplares ocupando o mesmo espaço!

Será que estas pitangueiras, que possuem raízes profundas (pivotante) e que deveriam estar plantadas no solo, estão com o ancoramento comprometido?  Quantas espécies arbóreas estão nestas condições?

Penso se esta prática danosa ao meio ambiente e onerosa ao cofre público, e que expõe total desconhecimento por parte de quem determinou estes plantios (gestão Tortorello), não fora na tentativa desastrosa de conter o crescimento das verdinhas, privando-as do acesso a água e nutrientes, já que descobri ligustros, espatódeas, fícus e palmeiras dentro destes “vasos”!


Não bastasse, esta pitangueira ainda passa por podas de rebaixando de copa (destopo), realizadas pela prefeitura. Detalhe, a copa não alcança a fiação secundária, apenas cabos de telefonia e afins.


E por fim badulaques amarrados nos galhos por pessoas de uma instituição educacional: os enfeites caem (ou são retirados), no entanto os fios permanecem nos galhos. 
Como e uma prática corrente, com o tempo, a quantidade de fios certamente irá comprometer, não somente o vegetal, como também as aves que nele habitam: ora para se alimentarem, ora para se abrigarem; construir ninhos. 









terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Podas AESEletropaulo X Prefeitura.


Três exemplares de Terminalia catappa.- São Caetano do Sul.

Dois majestosos exemplares arbóreos de chapéu-de-sol (Terminalia catappa), espécie originária da Ásia e - obvio! - frequente na paisagem da cidade, podados no segundo semestre deste ano.

O primeiro, localizado na Rua Walter Tomé, teve sua copa desestruturada pela intervenção da  americana AESEletropaulo: podas em V jamais deveriam ser feitas em exemplares desta espécie, assim como plantá-las sob fiação aérea - erro crasso de gestões de outrora.

Já o segundo exemplar, presente na Rua São Pedro, fora podado pela equipe da Prefeitura (Sesurb/Saesa-antigo Dae). Este exemplar não está sob fiação aérea, não há calhas nem janelas próximas da sua copa que justifique tal prática: as podas foram tão invasivas ao longo de anos que descaracterizou a arquitetura original da mesma. 

E como é raro encontrar pelas ruas da cidade exemplares de Terminalia catappa com a copa preservada! O da imagem ao centro está na Rua Bom

Exemplar - Rua São Pedro.
Poda novembro 2017.
Pastor. Curiosamente fora devido ao sombreamento, resultante da ampla copa, que esta espécie fora introduzia na arborização urbana.

Enfim, dois exemplares da mesma espécie, em situação espacial distinta, sendo o segundo podado justamente no período de floração: quando o correto é podar no período de repouso da espécie, e cujas copas de ambos foram reduzidas drasticamente: restou menos de 50% da copa original.

Portanto...

Concluo que não seja somente AESEletropaulo responsável pelos danos à arborização das vias públicas - embora haja quem afirme veementemente que o problema está na ação da concessionária - a Prefeitura, através dos seus departamentos de podas,  também tem ocasionado ao longo de décadas danos irreparáveis a este bem público e com anuência dos excelentíssimos (as) vereadores (as) através das indicações de podas e supressões - Acesse. 


Saiba que:
A lei municipal 4992/2011 proíbe a poda no período de floração/frutificação e a retirada de mais de 50 % da copa, mas até o presente momento esta lei somente se aplica para legalizar a supressão de árvores.


Outro exemplo de uma péssima intervenção feita pela AESEletropaulo e Prefeitura em um exemplar  de Tibouchina granulosa* - espécie da flora brasileira.


Crime Ambiental - Lei Federal 9.605/98

* Segundo Listagem de Espécies do Estado de São Paulo, elaborada pelo CERAD, a Tibouchina granulosa é nativa da região ecológica do litoral norte - ecossistema de floresta ombrófila densa.